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DOI: https://doi.org/10.53934/9786585062046-10
Este trabalho foi escrito por:
1*Gleissa Mayone Silva Vogado0000-0002-7832-1707; 2Luciano Pinheiro da Silva0000-0001-9342-5232
1*Autor correspondente (Corresponding author) – Email: [email protected]
Programa de Pós Graduação em Zootecnia, Universidade Federal do Ceará (UFC) Fortaleza, CE, Brasil.
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil.
RESUMO
As codornas japonesas apresentam diversas características favoráveis para o sistema de produção, como a alta produtividade, rápida taxa de crescimento, maturidade sexual precoce, rápido retorno financeiro e baixo investimento inicial, tamanho corporal pequeno e taxa significativa de produção de ovos em comparação com outras aves domésticas Sabe-se que características produtivas e reprodutivas se correlacionam geneticamente de maneira oposta para variáveis de interesse econômico em populações de interesse zootécnico. A seleção das codornas para dupla aptidão deve ser estabelecida de maneira a atender a finalidade do sistema de produção. No início da puberdade, o testículo nas aves passa por profundas modificações durante a espermatogênese e estas são muito semelhantes entre as espécies. Dessa forma, o peso testicular pode ser considerado um indicativo de fertilidade, uma vez que a redução no peso normalmente está associada à redução na espermatogênese e, na capacidade reprodutiva das aves, assim como na redução dos níveis de testosterona. Geralmente, as fêmeas possuem o ovário e o oviduto direito atrofiados, sendo que essas estruturas aumentam de tamanho apenas durante a época de reprodução. O fato de essas estruturas estarem atrofiadas de um lado e aumentarem de tamanho somente na época de reprodução é uma adaptação ao voo. Objetivou-se com esta pesquisa, fazer um relato sobre características anatômicas e fatores genéticos ligados ao desenvolvimento reprodutivo de codornas de corte.
Palavras-chave: Coturnicultura;Fertilidade; Maturidade sexual; Reprodução.
INTRODUÇÃO
A produção de codornas de corte e postura tem se desenvolvido de forma expressiva, sendo uma boa alternativa para obtenção de produtos com alto valor nutricional para a população. Além disso, consolida-se cada vez mais, como uma opção econômica satisfatória, em virtude do crescimento do mercado consumidor tanto para ovos como para carne, e a expansão desta cultura em função dos avanços com a sanidade, nutrição e melhoramento animal (Mori et al., 2005).
As codornas são originárias do norte da África, Europa e da Ásia, pertencendo à Família dos Fasianídeos (Phasianidae) e da Subfamília dos Perdicinidae, mesmo grupo das galinhas e perdizes, respectivamente (Pinto et al., 2002).
Na região do extremo oriente, iniciou-se a domesticação das codornas obtendo-se como resultado, Coturnix japonica ou codorna japonesa. Estudos e cruzamentos visando a produção de carne e ovos iniciaram a partir de 1910 (Reis, 1980; Leal Junior, 2006; Bertechini, 2010).
No Brasil, as codornas foram introduzidas em 1959 (Almeida et al., 2013) e tem apresentado um desenvolvimento acentuado nos últimos anos, e mesmo sendo uma atividade, tida como de “fundo de quintal” e de subsistência, passou a ser considerada altamente tecnificada, com resultados promissores aos produtores.
A coturnicultura brasileira é predominantemente voltada para produção de ovos, sendo a codorna japonesa a espécie mais difundida no país. Entretanto, a carne de codorna é considerada uma iguaria e quase que totalmente desconhecida pela população (REIS, 2011). Mostra-se uma excelente estratégia para a segurança e sustentabilidade alimentar de regiões sem muitos recursos naturais, já que esses animais produzem ovos precocemente, iniciando a postura por volta dos 40 dias de idade (Jordão Filho, 2008; Silva, Costa, 2009).
A alta produtividade, rápida taxa de crescimento, maturidade sexual precoce, rápido retorno financeiro e o baixo investimento inicial, bem como o mercado
consumidor, que a cada dia procura por carne de qualidade diferenciada, e que tenha um atributo de valor diferenciado, tornam a coturnicultura de corte uma atividade altamente promissora no país (Silva et al., 2009).
A codorna além de, produzir ovos e carcaça de excelente qualidade e valor nutricional, também tem como finalidade a venda dos animais ou até mesmo o uso do esterco como adubo na agricultura, apresenta fácil manejo e baixo custo inicial para implantação, o que a torna uma prática ainda mais rentável e aconselhável. Dentro deste contexto, a coturnicultura destaca-se cada vez mais, com números crescentes e se concretizando no cenário nacional, o que leva à demanda por material genético de qualidade (Medeiros, 2014).
Sabe-se que características produtivas e reprodutivas se correlacionam geneticamente de maneira oposta para variáveis de interesse econômico em populações de interesse zootécnico. Por isso, a seleção das codornas para dupla aptidão deve ser estabelecida de maneira a atender a finalidade do sistema de produção. A seleção na coturnicultura de corte na maioria das vezes é baseada no peso corporal das codornas, pois esta característica é de fácil mensuração. Já a seleção para postura é baseada entre outros fatores, na qualidade e na produção de ovos, como idade a primeira postura, quantidade de ovos produzidos por semana e pelo ciclo de vida da ave. (Silveira, 2018).
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DE AVES: ANATOMIA DAS CODORNAS
O sistema reprodutor das aves é morfologicamente semelhante entre as espécies domésticas e selvagens, apesar de existir uma ampla variedade de hábitos reprodutivos e adaptações comportamentais e morfológicas, principalmente entre as espécies silvestres (Johnson, 2006). O ciclo reprodutivo das aves está diretamente ligado a fatores ambientais e manejo. Fatores como luminosidade, temperatura e higiene, combinados com uma alimentação balanceada, são essenciais para a reprodução, bem como para todo o ciclo das aves.
Na maioria das espécies avícolas, os indivíduos machos não apresentam órgão copulador, enquanto algumas poucas espécies apresentam um falo rudimentar. Os machos apresentam dois testículos, sendo o testículo esquerdo maior do que o testículo direito, dos quais saem oscanais deferentes, que terminam na cloaca. As glândulas genitais acessórias estão ausentes. A transferência dos espermatozoides do macho para o corpo da fêmea se dá através da justaposição das cloacas que ocorre durante a cópula.
Geralmente, as fêmeas possuem o ovário e o oviduto direito atrofiados, sendo que essas estruturas aumentam de tamanho apenas durante a época de reprodução. O fato de essas estruturas estarem atrofiadas de um lado e aumentarem de tamanho somente na época de reprodução é uma adaptação ao voo.
Araújo et al. (2017), citam fatores relacionados a qualidade imunológica de pintainhos de codornas, como a idade da matriz, período de armazenamento e temperatura de armazenamento melhoramento genético, nutrição, manejo sanitário, incubação artificial e o controle da temperatura ambiente são fundamentais para o desenvolvimento do setor de coturnicultura. Dentre esses fatores, a temperatura ambiente do local de criação, é considerada como o principal fator de estresse, e consequentemente responsável pelo sucesso ou fracasso de uma empresa avícola (Sousa et al. 2014).
Reprodução
A atividade reprodutiva das aves é uma consequência da relação de estímulos externos ambientais como fotoperíodo, temperatura, disponibilidade de alimentos, comportamentais, estresse, presença do parceiro, bem-estar e por mecanismos neuroendócrinos (Sobreira et al., 2011). De acordo com Johnson (2006), o fotoperiodismo é considerado um fator ambiental importante na reprodução das aves, responsável por conciliar as estações reprodutivas com a época ótima do ano para a sobrevivência da prole.
Acasalamento
A capacidade de acasalamento tanto em galos quanto em machos de codornas envolve a sincronização de padrões de estímulo-resposta, que evoluiu para garantir a transferência bem-sucedida de sêmen do macho para a fêmea. Os espermatozoides apresentam prolongada sobrevivência no oviduto das aves, o que possibilita a postura de ovos galados por período maior (Mello, 2000).
A idade das fêmeas e machos, são em média 42 e 48 dias de idade, respectivamente, para o acasalamento, sendo que a fertilidade é mantida por volta de 6 meses após início. O sistema de acasalamento comumente utilizado, é a proporção de um macho para cada duas ou três fêmeas, pois propicia maiores índices de eclosão e fertilidade dos ovos, para incubação (Lima et al., 2008). Fabichak (2004) descreve um bom acasalamento com a seguintes características: os machos devem ter órgãos genitais bem desenvolvidos, devem ser espertos, não serem agressivos e cantarem de forma contínua.
HORMÔNIOS LIGADOS AO DESENVOLVIMENTO SEXUAL
Em aves, o desenvolvimento embrionário ocorre fora do corpo da fêmea, sendo então classificadas como ovovivíparas. A diferenciação morfológica das gônadas nas aves é regulada pelos níveis séricos de estrógenos, iniciando nas codornas no quinto dia do desenvolvimento embrionário (Mattsson e Brunström, 2017), sendo que o eixo hormonal responsável por todo metabolismo reprodutivo da ave, hipotálamo-hipófise-gônadas, está completamente desenvolvido aos 13 dias de incubação (Rutz et al., 2007).
Na maioria das aves, as características sexuais secundárias (crista, barbela e plumagem) têm sido usadas como indicadores externos do sexo e determinam a maturidade sexual (Biswas et al., 2010). Os sinais da puberdade em codornas macho, é uma espuma formada pela glândula cloacal, e o primeiro ovo produzido pelas fêmeas.
Machos
Os fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) mantêm o crescimento e a diferenciação da maioria dos tipos de células através do controle endócrino, autócrino e parácrino. Eles desempenham um papel crucial na reprodução aviária, pois aceleram a síntese de hormônios esteroides gonadais dependentes da dose, proliferação celular, seleção e inibição do apoptose folicular pela inibição da formação de oligonucleossomos (Johnson et al., 2001).
A sinalização do IGF-I está altamente envolvida na regulação do número final de células de Sertoli durante o período pré-púbere (Pitetti et al., 2013). Ainda na diferenciação de espermatogônias e células de Leydig (Yoon e Roser, 2010), regulação da síntese de DNA espermatogonial (Wang et al., 2014) e um aumento direto/indireto da produção de testosterona em células de Leydig (Yoon e Roser, 2010). Portanto, o sistema IGF afeta significativamente o desenvolvimento e as funções dos órgãos reprodutivos (Fu et al., 2001).
As mudanças de tamanho das gônadas associadas à puberdade são decorrentes do aumento da produção de hormônios esteroides (Ruiz-Cortés, 2012). O aumento do nível de testosterona é um dos os primeiros e importantes sinais da puberdade no macho. Além disso, o tamanho da glândula cloacal e a produção de espuma são dependentes de andrógenos e altamente correlacionados positivamente com o tamanho dos testículos, bem como com a atividade sexual em codornas japonesas pré-púberes (Sachs, 1967). A este respeito, tem sido relatado que o tamanho da glândula cloacal é um bom marcador de desenvolvimento gonadal em codornas machos (Ball e Balthazart, 2010). A nutrição e tipo de dieta podem interferir na maturidade sexual de codornas machos, aumentando a expressão de mRNA de IGF-I e IGF-IR no testículo de codornas japonesa e apresentar maior índice de área de glândula cloacal (Khoobbakht et al., 2020).
O IGF desempenha uma ação autócrina e/ou parácrina no testículo (Fu et al., 2001; Yoon e Roser, 2010). A sinalização do IGF-I está altamente envolvida na regulação da função e número final de células de Sertoli durante o período pré-puberal, que tem um papel crucial na futura fertilidade masculina (Pitetti et al., 2013).
Alguns fatores ligados a nutrição podem afetar a expressão gênica da família IGF por meio de fatores de transcrição (Jackson et al., 2008). A deficiência de zinco afeta os sistemas de sinalização da membrana e os segundos mensageiros intracelulares que coordenam a proliferação celular em resposta ao IGF-I (Macdonald, 2000). Foi relatado que os testículos de camundongos nulos de IGF-I foram reduzidos em tamanho. Além disso, verificou-se que eles possuíam um número menor de células de Leydig. De acordo com este estudo, as concentrações plasmáticas de testosterona foram menores do que as observadas em camundongos selvagens (Griffeth et al., 2014). Os IGFs suportam a espermatogênese por meio da estimulação da síntese de DNA mitótico nos túbulos seminíferos (Söder et al., 1992). Portanto, acredita-se que condições nutricionais, como a suplementação da dieta de codornas machos pré-púberes pode melhorar a sinalização celular envolvida no início da puberdade via aumento da expressão do gene da família IGF.
Fêmeas
Os papéis do sistema IGF no desenvolvimento folicular foram amplamente examinados em mamíferos e aves, e ficou claro que o sistema IGF é o regulador chave para o desenvolvimento e função ovariana (Fu et al., 2001). No entanto, pouco se sabe sobre a ação dos genes do sistema IGF no desenvolvimento do oviduto aviário. Apenas um estudo demonstrou a regulação do desenvolvimento da expressão do gene IGF-I no oviduto de codornas (Kida et al, 1998). O mRNA do IGF-I é produzido mais abundantemente quando o oviduto se desenvolve muito rapidamente, sugerindo que o IGF-I exerce suas ações autócrinas e/ou parácrinas no desenvolvimento desse órgão. A expressão de mRNA de IGF-I aumenta abruptamente quando o peso do oviduto excede 0,05 g e diminuiu rapidamente quando o peso do oviduto é superior a 2,88 g. Este perfil de mRNA de IGF-I no oviduto em desenvolvimento é diferente do observado no testículo de codorna (Fu et al., 2001).
O rápido crescimento do tamanho do oviduto é causado pela proliferação celular e diferenciação do magno (a parte principal do oviduto), e o desenvolvimento posterior (acima de 2,3 g de peso) é causado pelo acúmulo de produtos de secreção como a ovalbumina (Pageaux et al., 1986). Em conjunto, esses resultados sugerem fortemente que o IGF-I desempenha um papel importante na proliferação e diferenciação celular do oviduto de codornas, funcionando como um regulador autócrino e/ou parácrino.
O ovário é importante na reprodução feminina, pois desempenha um papel essencial no desenvolvimento sexual. O desenvolvimento ovariano é mediado principalmente por hormônios sexuais produzidos pelo eixo reprodutivo (Johnson, 2015). O estradiol é liberado pelo ovário e é importante para regular a diferenciação e o desenvolvimento gonadal, promover o desenvolvimento folicular e estimular a reprodução feminina (Elnaga e Abd-Elhady, 2009). O estradiol é sintetizado no ovário pelas principais proteínas e enzimas esteroidogênicas, como a proteína reguladora aguda esteroidogênica (StAR), clivagem da cadeia lateral do citocromo P450 (P450scc), 17α-hidroxilase (Cyp17), 3β-hidroxiesteróide desidrogenase (3β-HSD), 17β- hidroxiesteróide desidrogenase (17β-HSD) e citocromo P450 aromatase (P450arom). Além disso, as ações do estrogênio são reguladas por dois tipos diferentes de receptores intracelulares, ERα e ERβ (Johnson, 1990; Proszkowiec-Węglarz et al., 2005). A supressão da tireoide em galinhas adultas está associada à redução do peso do ovário e da produção de ovos e até mesmo à interrupção da postura (MCNABB, 2007; PEEBLES et al., 1994).
RELAÇÕES ENTRE CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS
A criação de codornas japonesas apresenta diversas características favoráveis, dentre as quais podemos destacar a taxa de crescimento rápido, maturidade sexual precoce, intervalo de geração curto, tamanho corporal pequeno e taxa significativa de produção de ovos em comparação com outras aves domésticas (Ozsoy e Aktan, 2011; Narinc et al., 2014; Molino et al., 2015).
A idade é um fator oposto ao sucesso reprodutivo nas aves. A relação da idade com o decréscimo na reprodução é muito bem estudado em galinhas matrizes, levando em consideração fatores principais como: a redução na produção de ovos (Robinson; Hardin; Robblee, 1990); a provável redução da habilidade de reter espermatozoides nas glândulas da junção útero-vagina, local de estocagem dos espermatozoides (FASENKO; ROBINSON; HARDIN, 1992); involução na habilidade de transportar esses espermatozoides para o local de fertilização e a possível redução no número de receptores para espermatozoides na superfície do oócito (Bramwell; Marks; Howarth, 1995).
Analisando um trabalho com codornas, Lopes et al. (2008), obtiveram expressiva variabilidade genética com herdabilidades crescentes ao longo do período de 1 a 42 dias de idade, especialmente a partir dos 14 dias de idade, podendo-se concluir que correlações genéticas entre as diversas idades a seleção já teria sucesso se realizada nas idades mais jovens, exceção ao peso corporal ao nascer e aos sete dias. Isto ocorre, possivelmente, porque na primeira semana de vida, o ambiente de criação exerce influência muito variada sobre os indivíduos.
Quando os dias necessários para produzir os dez primeiros ovos (DN10) são incluídos como critério de seleção, o mérito total das características de produção e crescimento de ovos foi melhorado e apresentou correlação genética favorável com características de produção em codornas japonesas, aumentando a rentabilidade de tais programas de seleção (Mahmoud et al. 2014, 2015).
Ao analisar reprodutores de codornas de postura (japonesas) dos 70 aos 180 dias, Amoroso et al. (2008) relataram que o peso corporal não diferiu entre as idades e obtiveram uma média de 144,47±15,58g, peso relativo testicular de 2,08% e o peso testicular, com média de 3,00±0,51, próximas as encontradas nesse trabalho, que foram de 3,59 ± 0,08 para codornas de corte e 2,49±0,05 para codornas de postura. Clulow e Jones (1982) descreveram que em codornas maduras sexualmente os testículos podem representar cerca de 2,26% do peso vivo dos animais.
Biswas et al. (2007) relataram uma alta e significativa correlação entre o peso testicular e os níveis de testosterona e de índice glandular para a glândula cloacal em codornas japonesas. Dessa forma, o peso testicular pode ser considerado um indicativo de fertilidade, uma vez que a redução no peso normalmente está associada à redução na espermatogênese e, portanto, na capacidade reprodutiva das aves, assim como na redução dos níveis de testosterona.
As aves apresentam uma desigualdade testicular, podendo ser observada nos machos de codornas de corte e de postura. O mais comumente citado em aves, é que o testículo esquerdo seja o maior, mas há exceções e aves com testículos proporcionalmente iguais, assim como espécies com o testículo direito maior (Briskie e Montgomerie 2007).
Friedmann (1927) estudou 169 gêneros de aves silvestres e observou que na maioria dos casos os testículos possuíam tamanho semelhante, mas encontrou espécies em que ora o testículo esquerdo, ora o direito, eram maiores. Em galos, o testículo esquerdo é maior do que o direito em 67% dos galos, mas apresentam peso semelhante (Hocking 1992). Também nas aves estudadas por Marvan (1969) o testículo esquerdo era maior em 65,3% dos casos. Sobre este aspecto Möller (1994) propôs que a alta qualidade reprodutiva dos machos estava relacionada com uma maior assimetria, no entanto esta hipótese tem sido desconsiderada em trabalhos posteriores em que a habilidade reprodutiva dos machos não esteve associada a presença ou não da assimetria testicular (Birkhead et al. 1998).
Fisiologicamente, de acordo com Froman et al. (2004), a espermatogênese em aves consiste em um processo complexo de proliferação celular, redução haploide e diferenciação celular, sendo que a duração estimada da espermatogênese em codornas é de 12,8 dias, tempo o suficiente para que uma espermatogônia se transforme em 32 espermatozoides.
As características do parênquima testicular nas codornas jovens e adultas estudadas foram também descritas por Froman et al. (2004) em outras espécies, com túbulos seminíferos com uma simples camada de célula de sustentação nos imaturos e em aves adultas encontraram-se com formato irregular alinhados por um epitélio germinativo de múltiplas camadas.
Tanaka e Yasuda (1980) realizaram estudos em galos observando as mudanças histológicas causados nos testículos. Os autores observaram que houve redução de células espermáticas e decréscimo no diâmetro dos túbulos seminíferos, assim como uma rápida redução do peso testicular, insinuando assim, a degeneração dos túbulos seminíferos em aves idosas.
Em codornas já analisadas, tanto nas de corte quanto nas de postura, as médias de altura do epitélio germinativo bem como o diâmetro dos túbulos seminíferos foram semelhantes durante a vida adulta até os 360 dias analisados, não havendo diferença (P>0,05), o que pode ser explicado pela constância de 17 horas luz durante a idade adulta, associado ao fato dos machos estarem todo o período com as fêmeas, estimulando a copulação e o comportamento reprodutivo.
Em um estudo com codornas japonesas, Rospigliosi e Figueroa (2003), analisaram os testículos durante as primeiras 8 semanas de vida. Na terceira semana foram descritos espermatócitos primários e espermatogônias nos túbulos seminíferos e com 8 semanas citam que os testículos direito e esquerdo apresentaram comprimento médio de 5,2±1,3mm e 4,5±1,0mm, respectivamente, porém sem espermatozoides nos túbulos seminíferos. Os autores não citaram detalhes da criação das aves, o que pode levar variações a consideráveis no surgimento da puberdade e na maturidade sexual das aves.
No início da puberdade, o testículo nas aves passa por profundas modificações durante a espermatogênese e estas são muito semelhantes entre as espécies. Em galos domésticos, as primeiras 5 semanas, os túbulos começam a se organizar, multiplicando as células da camada basal (espermatogônias) e o início da puberdade é caracterizado pelo rápido aumento dos testículos e compleção dos espermatozoides (Johnson, 1986). Em codornas fotoestimuladas, os espermatozoides podem ser detectados aos 26 dias no testículo e aos 30 dias no ducto deferente (Ottinger e Brinkley, 1979). Desta forma podem-se considerar as codornas em puberdade quando são observados espermatozoides na luz dos túbulos seminíferos. Nos reprodutores estudados, com programa de luz a partir de 35 dias, isso foi observado nos cortes histológicos aos 55 dias.
Correlações genéticas
A importância do estudo das correlações está em avaliar o impacto que a seleção para determinada característica pode causar em outra geneticamente relacionada. A correlação genética entre duas características é a correlação entre os efeitos dos genes que as influenciam. Esta correlação pode ser positiva, quando ambas as características se desenvolvem no mesmo sentido, aumentando ou diminuindo seus valores; ou negativa, quando as características tomarem sentidos opostos, neste caso, ocorre o acréscimo de uma e decréscimo da outra. (Winter, 2005)
De acordo com Winter et al (2006), a característica peso aos sete e aos 28 dias, a correlação genética é moderada e de magnitude superior a 0,45. Quanto ao peso aos 14 dias, o resultado de 0,73 indicou alta correlação genética com o peso aos 28 dias. Entre os P14 e P42, a correlação genética obtida foi de 0,56 e o peso aos 28 dias apresentou alta correlação genética (0,81) com o peso aos 42 dias.
As estimativas descritas por Saatci et al. (2003) para peso aos 7 e 28 dias indicaram altas correlações genéticas (0,82 e 0,94, respectivamente). A relação entre o peso aos 14 dias e peso aos 28 dias encontrada foi 0,90. O peso aos 28 dias e aos 42 dias apresentou valores de correlação genética próximos a 0,81.
Herdabilidades
Alguns trabalhos foram desenvolvidos com intuito de descrever estimativas de herdabilidade para características de desempenho, especialmente para peso corporal de codorna avaliado em diferentes idades.
Avaliando duas linhagens de codornas de corte no período de crescimento, Wenceslau et al. (2007) obtiveram herdabilidades do peso corporal variando de 0,27 a 0,42 para o grupo genético EV1 e de 0,25 a 0,31 para o grupo genético EV2. As estimativas de média a alta magnitude para ambos os grupos genéticos, indicam que as aves podem ser selecionadas em idade inferior a 42 dias e responderão bem à seleção individual.
Bonafé et al. (2007), ao avaliarem duas linhagens de codornas europeias, observaram maiores herdabilidades para peso ao nascer, aos 35 e 42 dias, com valores que variaram de 0,43 a 0,48; concluindo que o número de pesagens poderia ser reduzido na avaliação dos animais e sugerem que a seleção poderia ser realizada aos 35 dias de idade.
Em seu trabalho com codornas de corte, Lopes et al. (2008), obtiveram expressiva variabilidade genética com herdabilidades crescentes ao longo do período de 1 a 42 dias de idade, especialmente a partir dos 14 dias de idade, podendo-se concluir que correlações genéticas entre as diversas idades a seleção já teria sucesso se realizada nas idades mais jovens, exceção ao peso corporal ao nascer e aos sete dias. Isto ocorre, possivelmente, porque na primeira semana de vida, o ambiente de criação exerce influência muito variada sobre os indivíduos.
Akbas et al. (2004) utilizaram modelos de regressão aleatória para estimar parâmetros genéticos em codornas de corte e avaliar a trajetória genética do crescimento. As estimativas de herdabilidade encontradas foram 0,007; 0,39; 0,45; 0,58; 0,61; 0,55; e 0,44, para as sete primeiras semanas de vida, sendo a maior herdabilidade (0,61) observada para peso aos 28 dias de idade. Felipe (2010), ao utilizar também modelos de regressão aleatória, em dois grupos genéticos de codornas de corte (EV1 e EV2), encontrou para ambos os grupos genéticos valores de herdabilidade que tenderam a ser mais altos no 35º dia de idade (0,30 e 0,23) em relação ao 21º dia de idade (0,15 e 0,15).
CONCLUSÕES
Devem ser realizados estudos, visando avaliar a correlação existente entre as variáveis peso ao nascimento e a idade ao primeiro ovo, já que o aumento do peso corporal na avicultura pode afetar negativamente a fertilidade e aumentar a frequência de ovos inférteis. Assim sendo, as características reprodutivas também devem ser analisadas no ato da seleção, uma vez que estão ligadas a eficiência reprodutiva do animal, sendo a precocidade e a fertilidade, fatores chave para um bom desempenho reprodutivo.
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