PERFIL QUÍMICO E ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DE Vismia spp.
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Capítulo de livro publicado no Congresso Brasileiro de Química dos Produtos Naturais. Para acessa-lo clique aqui.
Este trabalho foi escrito por:
Aniele da Silva Neves Lopes1; Bruno Bezerra Jensen2; Antônia Maria Ramos Franco2; Paulo José de Sousa Maia3; Dominique Fernandes de Moura do Carmo4
1Estudante do Programa de Pós-graduação em Ciências e Tecnologia para Recursos Amazônicos – PPGCTRA – ICET/UFAM
2Docente/Pesquisador do Laboratório de Leishmaniose e Doenças de Chagas – LLDC – INPA.
3Docente/Pesquisador do Departamento de Química Inorgânica – UFRJ/Macaé
4Docente/Pesquisador do Laboratório de Química – ICET/UFAM
Introdução: A leishmaniose é uma doença negligenciada transmitida através da picada do mosquito hematófago flebotomíneo, ocasionado pelo protozoário da Leishmania. Essa doença pode afetar tanto regiões da pele e mucosa como os órgão interno do corpo, tendo um perfil epidemiológico concentrado nas regiões Norte e Nordeste. Espécies de Vismia destacam-se no tratamento da leishmania por produzirem exsudados através do caule, frutos e raízes. Dos estudos realizados com estas partes botânicas foi possível identificar uma vasta variedade de metabólitos secundários pertencentes a classes dos flavonóides, antraquinonas, antranóides e xantonas. Muitas atividades biológicas já foram atribuídas a estes metabólitos de acordo com dados da literatura, como por exemplo, atividade antimalarica, antileishmania e antimicrobiana. Objetivos: Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil químico e a atividade in vitro antileishmania dos extratos hexano, diclorometano e hidroalcóolico, dos frutos das espécies V. cayennensis e V. guianensis, codificados como EHVG, EDVG, EDVC e EVC, respectivamente, frente as formas promastigotas de L. amazonensis. Métodos: Os frutos das duas espécies foram coletados no entorno da cidade de Itacoatiara e a resina presente no interior dos frutos foram submetidos a extrações exaustivas com os solventes na ordem crescente de polaridade durante sete dias. Os extratos obtidos foram avaliados por Espectrometria de massas por ionização por electrospray (ESI-MS) e ionização química a pressão atmosférica (APCI-MS). A atividade antileishmania foi avaliada de acordo com a inibição do crescimento e a mortalidade de promastigotas de L. amazonensis nos períodos de 24, 48 e 72 h após incubação a 25º C na presença dos extratos com concentrações de 7,8 a 125μg mL-1. Resultados: Através dos espectros de massas obtidos foi possível identificar os flavonóides quercetina e catequina, por meio da análise dos fragmentos de cada substância e em comparação com dados da literatura. Observou -se que o extrato hidroalcóolico EVC apresentou o melhor desempenho quanto à atividade antileishmania com IC50 =74,07μg mL-1 durante as 48h de incubação. Conclusão: Apesar da baixa atividade observada pelos compostos, estes resultados permitem propor a continuidade dos estudos para o isolamento e estudo da atividade antileishmania de outras substâncias presentes nos extratos de V. cayennensis e V. guianensis.
Palavras-chave: doença negligenciada, leishmaniose, vismia, produtos naturais.