DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR: UM PROBLEMA GLOBAL DE SAÚDE PUBLICA
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Capítulo de livro publicado no Livro da IV Mostra dos Trabalhos de Conclusão de Curso da Especialização em Vigilância Laboratorial em Saúde Pública. Para acessa-lo clique aqui.
doi.org/10.53934/9786599965821-04
Este trabalho foi escrito por:
Maria Marciana Pereira Silva¹; Tatiana Caldas Pereira²
1Estudante do Curso de Especialização em Vigilância Laboratorial em Saúde Pública – IAL; E-mail: [email protected]
2Docente/Pesquisadora do Núcleo de Ciências Químicas e Bromatológicas do Centro de Laboratório Regional de Santos do Instituto Adolfo Lutz – IAL; E-mail: [email protected]
Resumo: As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) ocorre pelo consumo de água e/ ou alimentos contaminados por microrganismos patogênicos ou substâncias químicas. De acordo com o Ministério da Saúde existem mais de 250 tipos de DTHA que podem ser causadas pelo consumo de água e alimentos contaminados por bactérias, vírus e protozoários. A incidência de surtos de DTHA vem aumentando em diversos países, impactando em morbidade, mortalidade e custos econômicos. O Centers For Disease Control Prevention (CDC) dos Estados Unidos (EUA) estimou que os patógenos conhecidos de origem alimentar são responsáveis por 9,4 milhões de casos de DTHA todos os anos nos EUA, entre eles, o norovírus e a Salmonella spp. Na União Europeia (UE) o norovírus também é o principal agente etiológico envolvido em surtos de DTHA, assim como no Japão. Diferente dos EUA, UE e Japão, no Brasil e na Coréia, a bactéria E. coli é responsável pelo o maior número de surtos de DTHA. Conclui-se que os principais agentes etiológicos envolvidos em surtos de DTHA em diferentes regiões do mundo são norovírus, Salmonella spp, E. coli, Campylobacter spp, Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes.
Palavras Chave: Doenças Transmitidas por Alimentos, intoxicação alimentar, zoonoses, segurança alimentar, saúde pública.
INTRODUÇÃO
As Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) ocorrem pelo consumo de água e/ ou alimentos contaminados por microrganismos patogênicos ou substâncias químicas. De acordo com o Ministério da Saúde existem mais de 250 tipos de DTHA que podem ser causadas pelo consumo de alimentos contaminados por bactérias, vírus e protozoários (BRASIL, 2022).
A incidência de surtos de DTHA vem aumentando em diversos países, impactando em morbidade, mortalidade e custos econômicos. Considera-se um surto de DTHA quando duas ou mais pessoas apresentam doença ou sintomas semelhantes após ingerir alimentos contaminados. Para agravos como Cólera, Botulismo e Febre Tifoide a confirmação de apenas um caso já é considerado surto (NYACHUBA, 2010; BRASIL,2022).
Com base no relatório publicado em 2015 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 600 milhões de casos de DTHA foram registrados no ano de 2010 em todo o mundo, e cerca de 350 milhões das notificações estavam relacionadas a ingestão de alimentos e água contaminados por bactérias patogênicas (WHO, 2015).
Vários fatores contribuem para o aumento de surtos de DTHA, entre os quais, se destacam o aumento da população em geral, a existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos, o aumento da urbanização desordenada, a necessidade de produção de alimentos em larga escala, a globalização e o comercialização de produtos alimentícios entre países (ANTUNES et al.,2020).
Os surtos epidemiológicos associados às DTHA são um problema de Saúde Pública que atinge tanto os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento. Cada país possui legislações específicas para o monitoramento e controle das Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar. Apesar dos esforços para conter as DTHA, o número de surtos vem crescendo nos últimos anos, afetando diretamente a saúde da população, sobrecarregando os sistemas públicos de saúde, gerando altos custos e impactando diretamente na economia (WHO, 2015). Desta forma, o presente estudo teve como objetivo verificar os principais agentes etiológicos envolvidos em casos e surtos de DTHA em diferentes regiões do mundo.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica relacionada a surtos de DTHA no Brasil e em diferentes regiões do mundo. Foram consultados artigos científicos nas bases de dados Scielo e Pubmed publicados no período de 2009 a 2022.
Para a busca dos artigos, foram utilizados os descritores: Doenças Transmitidas por Alimentos, intoxicação alimentar, zoonoses, segurança alimentar e saúde pública.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos Estados Unidos, o Centers For Disease Control Prevention (CDC) usou dados da vigilância ativa e passiva e outras fontes para estimar que patógenos conhecidos de origem alimentar são responsáveis por 9,4 milhões de casos de DTHA todos os anos no país (DEWEY-MATTIA et al., 2018).
O norovírus é o agente etiológico responsável pelo maior número de casos de DTHA nos EUA, apesar de apresentar baixa letalidade, no período de 2009 a 2015, foram registrados 1.130 surtos, 27.623 doentes e sete mortes. A Salmonella spp, é o segundo agente etiológico mais incriminado em surtos de DTHA no país. No período de 2009 a 2015, foram notificados 896 surtos, com 23.662 doentes, e de três a quatro mortes todos os anos (DEWEY-MATTIA et al., 2018).
Nos EUA no período de 2009 a 2015, foram notificados 191 surtos de DTHA relacionados à contaminação por E.coli. Dentre estes, 2.387 indivíduos ficaram doentes, ocorreram 672 hospitalizações e 12 mortes (DEWEY-MATTIA et al., 2018).
O número de surtos causados por Listeria monocytogenes no período de 2009 a 2015 nos EUA foi baixo quando comparado com os outros patógenos envolvidos em surtos de DTHA no mesmo período. Entretanto, a taxa de mortalidade foi mais alta, com 74 mortes (DEWEY-MATTIA et al., 2018).
C. jejuni casou 140 surtos, 2.095 doentes e uma morte no período 2009 a 2015 nos EUA. Clostridium perfringens causou 108 surtos, 5.510 doentes, 16 hospitalizações e quatro mortes, nesse mesmo período. O vírus da hepatite A foi o segundo agente viral com maior número de surtos de DTHA nos EUA, foram notificados 15 surtos, 260 indivíduos doentes e 170 hospitalizações. Dos agentes parasitários, o Cryptosporidium spp foi o parasita que
mais casou surtos no país, foram notificados 10 surtos, com 160 doentes e seis hospitalizações (DEWEY-MATTIA et al., 2018).
União Europeia (UE)
O norovírus é uma das principais causas de doenças alimentares na UE, chegando a 15 milhões de casos todos os anos, juntamente com Campylobacter jejuni com mais de 5.000 milhões de casos. Relatórios do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) da UE, apontam que Campylobacter jejuni e Salmonella spp são os patógenos bacterianos que mais causam surtos de DTHA na União Europeia. No período de 2012 a 2020, os casos de C. jejuni pelo consumo de carne de frango permaneceu alto entre os países europeus. Somente em 2020, percebe-se uma redução do número de casos. Os casos de Salmonella spp também aumentaram no período 2014 a 2016 na UE, em 2014 foram 88.715, em 2018 são 91.857 casos registrados e 2020 os números reduziram para 52.702 (ECDC, 2014; ECDC, 2016; ECDC, 2018; ECDC, 2020).
A E. coli produtora da toxina shiga (STEC) e a Yersinia enterocolitica foram a terceira causa mais frequente de infecções bacterianas de origem alimentar na UE. No período de 2014 a 2020, os casos de DTHA por E. coli e Y. enterocolitica se mantiveram estáveis na Europa (ECDC, 2014; ECDC, 2016; ECDC, 2018; ECDC, 2020).
A Listeria monocytogenes é responsável pelos casos mais graves de DTHA na UE, listeriose é a doença de origem alimentar associada ao maior número de mortes, no período de 2014 a 2020, foram relatadas 853 mortes pela bactéria, seguido de Salmonella spp com cerca de 334 mortes (ECDC, 2014; ECDC, 2016; ECDC, 2018; ECDC, 2020).
Com relação as doenças parasitárias, Trichinella spiralis é o agente parasitário com maior número de notificações no período verificado, com um total de 603 indivíduos doentes, 205 hospitalizações e duas mortes em 2014 na UE (ECDC, 2014; ECDC, 2016; ECDC, 2018; ECDC, 2020)
Japão
No Japão, no período de 2014 a 2018 foram notificados 1.132 surtos de DTHA com
19.214 doentes. A maioria dos surtos de DTHA no Japão (40%) são originados por alimentos contaminados por bactérias. Os patógenos Salmonella spp, Campylobacter spp, Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens, E. coli, Clostridium botulinum e Vibrio parahemolyticus são os principais microrganismos envolvidos em casos de DTHA no Japão. Um estudo feito no período de 2000 a 2018 mostra que o número de casos de DTHA com o envolvimento de Salmonella spp, S. aureus e E. coli diminuiu no país. O norovírus e Campylobacter spp foram os agentes com o maior número de casos de DTHA no Japão no período de 2000 a 2018. Clostridium perfringens, diferente dos outros países apresenta um número relativamente alto de casos no Japão (LEE et al., 2021).
Coréia
Diferente dos outros países, na Coréia a Escherichia coli no período de 2016 a 2022,
foi o patógeno responsável pelo maior número de surtos de DTHA com um total de 6.265 casos. O norovírus no mesmo período foi o patógeno viral mais envolvido em surtos de origem alimentar no país, com 3.573 notificações. Em 2018, os casos de DTHA relacionados com Salmonella spp aumentaram 10 vezes quando comparado aos casos notificados em 2016. Staphylococcus aureus, embora apresente um aumento no número de casos, em 2016 foram notificados quatro surtos e em 2022 foram registrados 111 casos, ainda assim, é o
patógeno bacteriano com menor número de casos de DTHA na Coréia. Todos os dados podem ser observados na Tabela 3 (COREA, 2022).
Brasil
No Brasil, a vigilância de surtos de DTHA teve início em 1999. Os surtos de DTHA
constituem eventos de saúde pública que representa uma ameaça á saúde da população. A Resolução RDC de n°724 de 01 de julho de 2022 dispõe sobre os padrões microbiológicos para os alimentos e suas aplicações e a Instrução Normativa IN de n°161 de 01 de julho de 2022 estabelece os padrões microbiológicos para os alimentos (BRASIL, 2022).
No período de 2012 a 2021 foram notificados no Brasil, 6.347 surtos de DTHA com 610.684 indivíduos expostos, 104.843 doentes, 13.446 hospitalizações e 89 mortes. Destes, somente em 1.559 foi possível realizar a identificação do agente etiológico envolvido. Escherichia coli foi responsável pelo maior número de surtos correspondendo a 29,6% dos casos, seguido dos patógenos Staphylococcus aureus 12,9%, Salmonella spp 11,2% e Bacillus cereus 7,2%. Os demais agentes etiológicos registrados nesse período foram norovírus 5,2%, rotavírus 4,4%, Clostridium perfringens 3,0%, E. coli Enteropatogênica (EPEC) 2,8%, T. cruzi 2,0%, Shigella sonnei 1,7%, vírus da hepatite 1,5% e outros 13,7%
(BRASIL, 2022).
Diferente do Brasil e da Coréia em que a E. coli é a principal causa de surtos de DTHA, nos Estados Unidos, o norovírus lidera o número de casos de DTHA. No período de 2009 a 2015 foram 1.130 surtos, 27.623 doentes e sete mortes pelo vírus nos EUA. O mesmo cenário pode ser observado na União Europeia, o número de casos de DTHA por norovírus chega a 15 milhões todos os anos. No Japão o norovírus é o agente viral associado ao maior número de casos de DTHA. O número de surtos por norovírus no Brasil, de 2012 a 2021 corresponde a 89 (5,2%) de casos. Na Coréia o norovírus é a segunda maior causa de surtos de DTHA, de 2016 a 2022 foram notificados 3.705 casos (BRASIL, 2022; CORÉIA, 2022; DEWEY-MATTIA et al., 2018; ECDC, 2015; LEE et al., 2021).
O número de mortes relatadas no Brasil causadas por DTHA no período de 2012 a 2021 consistiu em 89 mortes. A maioria dos óbitos, 15, foram causados por E.coli, seguido de Salmonella spp com quatro mortes e Salmonella Enteritidis com uma morte, S. aureus três mortes, Shigella flexneri uma morte e uma morte relatada por Shigella spp. Listeria monocytogenes causou quatro mortes em 2021 e Clostridium botulinum três mortes. Em 2018 o consumo de água contaminada acarretou um surto de hepatite A com sete indivíduos doentes e sete mortes na região Sudeste do Brasil. Uma morte foi relatada em 2019 por Trypanosoma cruzi. Entretanto, o agente etiológico na maioria das notificações de óbitos no período de 2012 a 2021 no Brasil não foram identificados, dos 89 óbitos relatados, em 49 o agente etiológico não foi identificado (BRASIL, 2022).
Apesar da comprovada relação das várias doenças pela ingestão de alimentos e água contaminados no Brasil com número de surtos e doentes apresentados, pouco se conhece a real dimensão do problema, devido à falta de dados. O número de notificações de surtos de DTHA no Brasil é muito menor quando comparado a outras partes do mundo como União Europeia e Estados Unidos, porém, não significa que o número de casos seja expressivamente maior nesses países, mas que possivelmente a vigilância epidemiológica seja mais estruturada e que essa diferença seja referente as subnotificações da doença (BRASIL, 2022).
A investigação de surtos de DTHA no Brasil ocorre com base na confirmação dos critérios clínico epidemiológico para o esclarecimento do caso, no entanto, a partir de 2012 nota-se uma pequena redução desse critério na conclusão de investigações de surto de DTHA (28%) e, consequentemente o aumento de casos inconclusivos (40%). O critério laboratorial
clínico bromatológico ideal para identificação dos agentes etiológicos envolvidos nos surtos, se manteve estável nesse período, porém baixo (5%), sendo possível observar que a maior parte dos surtos o agente etiológico não foi possível ser identificado (BRASIL, 2022).
Ainda que a investigação dos surtos de DTHA pelo o critério clínico epidemiológico permita uma alta identificação do número de casos, o critério laboratorial é extremamente importante para o encerramento dos surtos, porque possibilita traçar um perfil epidemiológico dos agentes etiológicos circulantes, com maior prevalência em surtos de DTHA, possibilitando melhores ações de diagnostico, prevenção e controle (BRASIL, 2022).
CONCLUSÃO
Com base nas informações obtidas nesse estudo, conclui-se que os principais agentes etiológicos envolvidos em surtos de DTHA em diferentes regiões do mundo são norovírus, Salmonella spp, E. coli, Campylobacter spp, Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes.
Os principais patógenos envolvidos em surtos de DTHA em países desenvolvidos são norovírus, Campylobacter jejuni, e Salmonella spp. Com relação a países em desenvolvimento, a E. coli e Salmonella spp são as causas mais frequentes de surtos. A Salmonella spp e E. coli são uma preocupação de saúde pública em países de alta e baixa renda. Os patógenos responsáveis pelo o maior número de mortes de DTHA no Brasil no período de 2012 a 2021 são E. coli e Salmonela spp.
Considerando o índice de casos de DTHA em diferentes regiões do mundo, e o impacto que essas doenças podem causar principalmente em países em desenvolvimento, com maior situação de vulnerabilidade, destaca-se a importância dos estudos sobre as DTHA para ações e medidas de controle sejam adotadas por Autoridades Sanitárias.
REFERÊNCIAS
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