POTENCIAL ANTIFÚNGICO DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS NATIVASSOBRE ESPÉCIES DE CRYPTOCOCCUS E CANDIDA
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Capítulo de livro publicado no Congresso Brasileiro de Química dos Produtos Naturais. Para acessa-lo clique aqui.
Este trabalho foi escrito por:
Mônica Maria de Almeida1, Henrique Almeida Fróis2, Karen Luise Lang3 e Gabriella Freitas Ferreira4
1Estudante do Curso de Doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular – PMBqBM – UFJF-GV
2Estudante do Curso de Medicina – UNINOVE
3, 4Docente/pesquisador do Departamento de Farmácia – PMBqBM – UFJF-GV
Introdução: A frequência de micoses invasivas causadas por patógenos fungos oportunistas aumentou nas últimas décadas. Estudos recentes estimam que, em todo o mundo, infecções fúngicas matam mais de 1,5 milhões de pessoas por ano. A criptococose, uma doença infecciosa fúngica, potencialmente fatal, cosmopolita, alcançou um lugar importante na micologia clínica, devido à alta morbidade. Causada por uma levedura capsulada, Cryptococcus, a infecção ocorre através da inalação, pelo indivíduo, de esporos fúngicos presentes no ambiente, sendo Cryptococcus neoformans capaz de infectar principalmente pessoas imunodeprimidas e Cryptococcus gatti pessoas imunocompetentes. Candida albicans, um patógeno fúngico oportunista, é responsável pela maioria das infecções fúngicas graves, em mais de 90% dos casos, incluindo micoses sistêmicas. A escolha da terapia medicamentosa é baseada na forma clínica da infecção e no estado imunológico do hospedeiro. O desenvolvimento de novos fármacos precisa superar alguns desafios, pois patógenos eucarióticos, como os fungos compartilham uma relação evolutiva próxima com seus hospedeiros humanos, tornando difícil a descoberta de agentes seletivos e isentos de toxicidade. Os extratos vegetais obtidos de diversas plantas, mostram ser alternativas efetivas com potencial para desenvolver novos fármacos que poderiam ser utilizados no tratamento de tais tipos de infecções. Objetivo: Avaliar, in vitro, extratos etanólicos isolados de fontes naturais, folhas e cascas de Myracrodruon urundeuva (aroeira), cascas de Anacardium occidentale (caju), cascas de Calycophyllum spruneanum (pau mulato) e cascas de Mauritia flexuosa (buriti) frente à linhagens de C. neoformans (ATCC H99 e ATCC WM 148) e C. gattii (R265 e WM 161) e Candida (C. albicans ATCC 10231 e C. parapsilosis 22019) Metodologia: Para tal, realizou-se o teste de concentração inibitória mínima (CIM) através do método da microdiluição em caldo, conforme descrito pelo Clinical & Laboratory Standards Institute (CLSI), 2008. Foi considerada a menor concentração que inibiu 100% do crescimento microbiano visualmente. Resultados: Os extratos de cascas de aroeira e caju apresentaram um CIM de 12,5 µg/mL e o extrato obtido das folhas, 6,25 µg/mL para todas as linhagens testadas. A CIM do extrato da casca de pau mulato variou entre 25 e 50 µg/mL, para as linhagens testadas de C. neoformans e C. gatti, respectivamente; e o extrato da casca do buriti não apresentou atividade antifúngica. Conclusão: Conclui-se que dentre os extratos, as folhas e cascas de aroeira e de caju apresentaram os menores valores CIM, sugerindo que possam ser úteis como protótipo para o planejamento de novas moléculas bioativas com potencial atividade contra as linhagens testadas de Cryptococcus e Candida.
Palavras-chave: Criptococose, Candidíase, Tratamento, Produtos naturais.