ANÁLISE FITOQUÍMICA DO MANJERICÃO ( Ocimum basilicum): UMA REVISÃO DE LITERATURA.
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Capítulo de livro publicado no Congresso Brasileiro de Química dos Produtos Naturais. Para acessa-lo clique aqui.
Este trabalho foi escrito por:
Victor Emannuel Pereira da Silva *; Marcio Michael Pontes ; Vinicius de Araujo Oliveira ; Paloma Andrade Santos Araújo ; Alexsandro Melquiades
de Góis ; Rosângela Estevão Alves Falcão
* Victor Emannuel Pereira da Silva – Email: victor[email protected]
Resumo: As plantas são comumente utilizadas na medicina popular, em comunidades do agreste de Pernambuco, muitas pessoas fazem o uso destes recursos com fins terapêuticos, este hábito representa a da cultura das comunidades que ao longo dos anos é passado de maneira hereditária entre moradores destas localidades. Dentre as espécies utilizadas pode se destacar o manjericão (Ocimum basilicum) bastante utilizado tanto na culinária quanto na farmacologia, sua composição rica em vitaminas, óleos essenciais, e compostos secundários demonstram sua vasta aplicabilidade. Segundo estudos a planta pode ser utilizada como descongestionante, antisséptico, inseticidas e entre outros. Neste contexto, o trabalho visa analisar a composição fitoquímica do manjericão, associado a exames laboratoriais que visam investigar o potencial da planta frente a patógenos.
Palavras–chave: Manjericão, Ocimum basilicum, farmacologia, compostos naturais
Abstract: Plants are often used in popular medicine in communities from the southern wild of Pernambuco. Many people consume those resources with therapeutic purposes, an habit that represents the communities culture, which are passed by generation to generation in the region. Between the used species, a special attention can be given to the basil (Ocimum basilicum), often used in culinary and pharmacology. Its composition is rich in vitamins, essencial oils and secondary compounds, showing its wide range of aplicability. According to studies, this plant can be used as a decongestant, antiseptic, insecticide, etc. In this context, the work produced aims to analyze the phytochemical composition of the basil, linked to laboratory exams that aim to investigate the plant’s potential when it comes to pathogens.
Key Word: Basil, Ocimum basilicum, pharmacology, natural compounds
INTRODUÇÃO
A utilização de plantas medicinais é um costume que está inserido na cultura da humanidade, ao longo da história da humanidade várias plantas foram utilizadas no tratamento de diversas doenças, assim como febre, gripe, dores de cabeça e entre outras. Difundido principalmente por comunidades de zona rural, a utilização de plantas medicinais representa a grande variedade de recursos naturais com potencial farmacológico disponível no mundo, em especial no Brasil várias espécie de plantas apresentam capacidade fitoquímica, nesta perspectiva as plantas representam um vasto arsenal de compostos químicos que podem ser utilizados com fins terapêuticos pelo ser humano ( PEDROSA, 2021).
Os compostos naturais representam uma alternativa mais acessível para comunidades mais carentes, além de ser uma alternativa que reduz a utilização de fármacos sintéticos, visto a grande inserção desses medicamentos pela população. (GALVÃO 2019). A composição fitoquímica e caracterização dos compostos presentes nas plantas é dado através de estudos etnofarmacológicos, que associam o conhecimento empírico de comunidades atrelado a estudos farmacológicos em laboratório que identificam e analisam os compostos, identificando possíveis fitoterápicos. (SILVA 2020).
Dentre as espécies utilizadas no Brasil pode-se destacar o manjericão (Ocimum basilicum), pertencente à família Lamiaceae, o manjericão é uma planta originária da Ásia tropical, produtora de óleos essenciais, utilizada com diversas finalidades como antisséptico, descongestionante, digestivo vermífugo, na culinária, na produção de fármacos, bebidas, inseticidas, repelentes e na conservação de grãos. ( DO CARMO 2019 apud VLASE et al. 2014)
Neste contexto, o presente trabalho visa analisar a vasta aplicabilidade do Manjericão (Ocimum basilicum), com enfoque para atividades farmacológicas da espécie, investigando na literatura as mais diversas utilidades dos compostos secundários encontrados na planta, realizando um levantamento em bases de dados digitais, e comparando os resultados obtidos.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para o trabalho foi desenvolvida a partir de uma revisão bibliográfica, baseada em artigos publicados sobre as propriedades químicas de compostos secundários do manjericão (Ocimum basilicum), suas atividades biológicas e a descrição botânica da planta. A pesquisa foi realizada na base de dados do portal periódico da CAPES, utilizando operadores booleanos como AND, OR e NOT. contendo as palavras chaves Ocimum basilicum e manjericão. Foram selecionados apenas artigos no intervalo de tempo de 2012 a 2022.
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
O Manjericão (Ocimum basilicum) pertencente à família Lamiaceae, segundo (ALVES, 2015)(1), é uma planta originária da Ásia tropical e foi introduzida no Brasil pela colônia italiana, que caracteriza-se com um subarbusto anual ereto e ramificado, contendo entre 30 – 35 cm de altura. (figura 1)
O manjericão é uma planta medicinal muito famosa devido a sua composição química de óleos essenciais, muito usada na medicina popular. Tornou-se importante na sociedade por apresentar atividades biológicas, além de ser famosa na culinária e por ser uma planta aromática. (Costa et al., 2009 apud Freire, 2014)(2).
COMPOSTOS ESPECIALIZADOS
O estudo dos compostos especializados é importante para entender as propriedades bioativas conhecidas da planta e investigar possíveis novos potenciais a partir do resultado da caracterização e isolamento de substâncias químicas da planta.
(Veloso et. 2014)(3) identificou dois constituintes majoritário presente em óleos essenciais de amostras, foram eles: Monoterpenos (linalol) majoritário em cultivares e fenilpropanoide ((E)-cinamato de metila), majoritários em nas cultivares silvestres. Outros compostos encontrados foram os sesquiterpenos E-cariofileno e α-bergamoteno, o monoterpeno 1,8-cineol e o sesquiterpeno oxigenado estragol.
Segundo (Ferreira, et al. 2017)(4) Em sua pesquisa com introdução de oxigênio para extração de óleo do manjericão, no qual obteve uma melhor aproveitamento. Foram encontrados monoterpenos e sesquiterpenos em seu óleo essencial, com destaque para o linalol (1) e eugenol (2) (figura 2), que tiveram um aumento de 3,34% em relação à extração sem oxigênio.
Majdi et al (2020)(5) realizou uma caracterização fitoquímica de Ocimum basilicum através de cromatografias líquida e gasosa. Encontrou sete ácidos cafeicos e derivados (dímeros, trímeros e tetrâmeros), ácido rosmarínico e cinco flavonoides, principalmente derivados glicosídicos de quercetina. O ácido rosmarínico foi o composto fenólico majoritário enquanto o linalol foi o composto volátil predominante.
Akoto et al (2020)(6) Fez a caracterização fitoquímica dos extratos etanólico e hexânico e também de uma amostra pulverizada do pó dos frutos de Ocimum basilicum, encontrou a presença de diterpenos, flavonóides, glicosídeos, fenóis, saponinas, esteróides, taninos e terpenóides em todas as 3 análises, e encontrou alcalóides na amostra pulverizada e no extrato etanólico.
Nadeem et al (2022)(7) analisou a composição fitoquímica dos extratos aquoso, etanólico, hexânico e diclorometano. Observou a presença de alcalóides, flavonóides, fenóis, taninos, esteróides e glicosídeos no extrato aquoso. No extrato etanólico obteve saponinas, taninos, fenóis, flavonóides e esteróides. No extrato hexânico observou a presença de Flavonóides fenóis, esteróides, Saponinas, Taninos, Terpenóides e glicosídeos. No extrato diclorometano observou flavonóides, fenóis, esteróides, taninos e glicosídeos.
Chenni et al (2016)(8) comparou a extração por micro-ondas sem solvente (SFME) e hidrodestilação convencional (HD) para a extração de óleos essenciais de Ocimum basilicum. Ambos os óleos essenciais apresentaram 65 compostos e tiveram como componentes majoritários linalol (43.5% SFME; 48.4% HD), metil chavicol (13.3% SFME, 14.3% HD) e 1,8 cineol (6.8% SFME; 7.3% HD). Sendo assim os principais componentes dos óleos foram monoterpenos e fenilpropanóides (figura 3).
Romano et al (2022)(9) avaliou a quantidade de ácidos fenólicos e compostos voláteis de extratos das folhas de duas variedades de Ocimum basilicum a variedade italiana clássica e a genovesa, obtidos por meio do método de extração, utilizando CO2 supercrítico+10% de etanol e outro controle usando etanol 100%. Os extratos controle apresentaram maior quantidade de ácidos fenólicos em comparação com o extrato de CO2 supercrítico, e a variedade genovesa teve maior conteúdo total de fenólicos que a italiana clássica. Os principais compostos voláteis encontrados foram da classe dos terpenos, principalmente monoterpenos e sesquiterpenos. Sendo os seguintes encontrados em maior quantidade: linalol, eugenol, trans-α-bergamotene e eucaliptol para ambos os extratos. A variante italiana teve maiores valores de linalol e menores valores de eugenol, enquanto a variante genovesa teve valores um pouco menores de linalol e maiores de eugenol comparado à variedade Italiana clássica. O autor indica uma relação inversamente proporcional entre o eugenol e o linalol.
Ahmed (2019)(10) investigou a composição química de três tipos de manjericão testados em locais diferentes do Egito. Assiut, Minia e BeniSuef. A análise com o método de GC-MS do óleo essencial do manjericão Assiut, encontrou 33 compostos diferente no total (93,75%) sendo majoritário: linalol (31,65%), estragol (17,37%), cinamato de metila (15,14%), biciclo sesquifelandreno (6,01%), eucalipto (4,04%), α
-bergamoteno (3,94%), eugenol (3,59% ), γ-cadineno (2,42%) e germacreno D(1,56%). 31 composto encontrados do manjericão da Minia,: representando 93,20% do óleo total. Compostos majoritários: Linalol (28,18%), estragol (16,97%), cinamato de metila (13,39%), eugenol (7,33%), biciclo sesquifelandreno (6,83%), eucaliptol (4,73%), α
-bergamoteno (4,20%), γ-cadineno (2,64 %) e germacreno D (2,41%). 34 Composto de óleo essencial para o manjericão BeniSuef, representando 97,27%. Compostos majoritários: foram linalol (27,64%), estragol (15,96%), cinamato de metila (10,48%), biciclo sesquifelandreno (7,01 %), eucaliptol (5,48%), α-bergamoteno (4,52%), γ-cadineno (3,26%), eugenol (2,78%) e germacreno D (2,37%). concluindo que houve uma variação nos três tipos.
O. basilicum se mostra como uma rica fonte de ácidos fenólicos, fenilpropanóides, flavonóides, monoterpenos, sesquiterpenos. Com os compostos voláteis mais abundantes sendo o linalol, eugenol e estragol. Pesquisas mais aprofundadas se fazem necessárias para o isolamento e estudo mais focal desses compostos.
ATIVIDADES BIOLÓGICAS
Pitaro et al (2012)(11) identificou o potencial antioxidante de extratos etanólicos e aquosos de manjericão (Ocimum basilicum), em óleo de soja, e identificou que proporcionou maior estabilidade oxidativa, quando aplicados em óleo de soja na concentração de 2.000 mg kg-1
Segundo Freire (2014)(2) o óleo essencial de Ocimum basilicum não teve ação bactericida contra Streptococcus mutans, mas teve contra Staphylococcus aureus, com concentração bactericida mínima de 36 mg/mL.
Magara et al (2022)(12) estudou a variação de biomarcadores de estresse oxidativo em trutas arco-íris (Oncorhynchus mykiss) de criatório, a partir da suplementação alimentar da ração comercial das trutas com resíduos da extração de óleos essenciais ou fluidos supercríticos de Ocimum basilicum. O trabalho chegou à conclusão de que a suplementação máxima recomendada é a de 0,5%, onde apresentou redução de biomarcadores de estresse oxidativo. Concentrações maiores que essas são perigosas para os peixes pois podem prejudicar a função de enzimas.
Majdi et al (2020) (5) analisou em seu trabalho o potencial bioativo e do extrato hidroetanólico de Ocimum basilicum como antioxidante, antimicrobiano, citotóxico e anti-inflamatório. Além do extrato hidroetanólico, também foi avaliado o potencial antioxidante da infusão (extrato aquoso) de O. basilicum usando os testes de inibição de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e o ensaio de inibição da hemólise oxidativa (OxHLIA). O. basilicum mostrou melhor atividade antioxidante na inibição de TBARS quando comparados com o antioxidante sintético Trolox em ambos os extratos. A infusão apresentou valores inibitórios mínimos menores que o extrato hidroetanólico para esse teste, (8.9 ± 0.4 μg/mL) enquanto o extrato apresentou (23.8 ± 0.8 μg/mL), o Trolox apresentou (139 ± 5μg/mL). Esse melhor desempenho da infusão se repete no teste de OxHLIA, atrasando mais a hemólise dos eritrócitos do que o extrato e em concentrações menores (27.6 ± 0.9) enquanto o extrato teve 48 ± 2. Ambos foram melhores que o Trolox (85 ± μg/mL). Esse estudo revela o alto potencial antioxidante da infusão de O. basilicum.
O potencial antimicrobiano de Ocimum basilicum, foi avaliado frente às bactérias Gram-negativas Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae Morganella morganii, Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis, e Gram-positivas Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), Listeria monocytogenes, Enterococcus faecali. o extrato hidroetanólico e o extrato aquoso apresentaram atividades bacteriostática mas não bactericida, ou seja apenas inibiu o crescimento das cepas bacterianas testadas mas não as matou. A exceção foi P. mirabilis cujo crescimento não foi inibido. O autor associa esse potencial à presença de ácido rosmarínico como um dos compostos majoritários no extrato (figura 4).
Ocimum basilicum mostrou citotoxicidade de 50% ou mais de inibição da proliferação frente a 3 das 5 variedades de células tumorais com concentrações variando entre 273 ± 14 μg/mL a 322 ± 6 μg/mL. Não apresentou atividade anti-inflamatória.
.Akoto et al (6) (2020) avaliou as atividades antioxidante, anti-helmíntica e anti-inflamatória dos extratos etanólico e hexânico de O. basilicum. Ambos os extratos apresentaram atividade antihelmíntica dependente da concentração, quanto maior a concentração, maior a atividade antihelmíntica, foram avaliadas concentrações entre 250 e 5000 μg/mL. Os testes indicaram que os extratos foram mais eficazes do que o medicamento antihelmíntico Mebendazol em todas as concentrações testadas. O extrato etanólico teve melhor desempenho que o hexânico, possivelmente pela presença de alcalóides que estão ausentes no extrato hexânico. A atividade anti-inflamatória foi testada pela capacidade dos extratos de prevenir a desnaturação da albumina, ambos os extratos mostraram atividade anti-inflamatória dependente da concentração. As concentrações testadas foram entre 1000 e 5000 μg/mL. Os resultados se mostraram significativamente melhores do que os do fármaco de referência (aspirina). Ambos os extratos mostraram capacidades antioxidantes nos testes de DPPH (Radical Scavenging Capacity) e de Ensaio de eliminação de radicais de peróxido de hidrogênio.
Nadeem et al (2022)(7) avaliou a citotoxicidade do extrato aquoso de O. basilicum. A citotoxicidade foi avaliada utilizando artêmias (Artemia salina) em três estágios de desenvolvimento (Growth stage-GS), GS-1 (58 dias de crescimento), GS-2 (69 dias de crescimento e GS-3 (93 dias de crescimento). Os testes utilizaram 3 concentrações do extrato, 10 μg/mL, 100 μg/mL e 1000 μg/mL. A concentração de 10 μg/mL mostrou letalidade máxima na fase GS-3, com 13.3 ± 0.33% e mínima na fase GS-1 com 6.66 ± 0.02% de letalidade. A concentração de 100 μg/mL teve letalidade máxima de 13.3 ± 0.67 na fase GS-3 e mínima na fase GS-3 com 6.66 ± 0.34% de letalidade. A concentração de 1000 μg/mL teve letalidade máxima na fase GS-1 com
26.7 ± 3.34% e mínima na fase GS-2, com 8.91 ± 0.10%. Para controle positivo foi utilizado o etoposídeo que teve letalidade mínima de 73.2 ± 0.21 na concentração de 10 μg/mL e de 100 ± 0.01 nas outras concentrações. Sendo assim, o extrato aquoso de O. basilicum não apresentou toxicidade notável em nenhuma das concentrações testadas.
Chenni et al (2016) (8) investigou o potencial antimicrobiano dos óleos essenciais extraídos por micro-ondas sem solvente (SFME) e hidrodestilação convencional (HD) de O. basilicum frente a duas bactérias Gram-positivas, Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis e duas bactérias Gram-negativas, Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa, and uma levedura: Candida albicans. O Extrato HD teve concentrações inibitórias mínimas (MIC) maiores que o SFME. Sendo que para as bactérias gram positivas O HD teve 25μL/mL de MIC e 30 μL/mL para as gram negativas e 40 μL/mL para Candida albicans . Enquanto o SFME teve MIC de 18 μL/mL para as bactérias gram positivas e 25 (Escherichia coli) e 20 (Pseudomonas aeruginosa) para as duas bactérias gram negativas e 30 μL/mL para a levedura. Em relação a inibição em placa Petri, a Staphylococcus aureus foi a mais sensível contra os extratos, apresentando as maiores zonas de inibição (33–38 mm) e a mais resistente contra os extratos foi a E. coli com as menores zonas de inibição (26–22 mm). A levedura teve zonas de inibição de (34–31 mm). Ambos os extratos apresentaram boa atividade antimicrobiana, com o extrato SFME levemente mais efetivo com MIC menores. Os extratos tiveram boa eficácia contra todos os microrganismos, mas foram mais efetivos contra as bactérias gram positivas.
CONCLUSÕES
O. basilicum é uma planta muito importante para a farmacologia pois seus compostos secundários atribuem à planta enorme potencial bioativo. Potencial que abrange uma vasta gama de possibilidades de aplicação, seja na piscicultura, produção de fármacos, medicina complementar etc.
Seus compostos secundários de extratos de solventes orgânicos se destacam principalmente pelo seu potencial antioxidante e presença de ácidos fenólicos e flavonóides, enquanto seu óleo essencial se destaca pelo seu potencial antimicrobiano e de aplicação in vivo contra o estresse oxidativo. A maior parte de sua composição consiste principalmente de terpenóides e fenilpropanóides..
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a Universidade de Pernambuco e aos órgãos de fomento CNPq e FACEPE
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