POTENCIAL DE EXTRATOS VEGETAIS DE STACHYS BYZANTINA (PEIXINHO-DA-HORTA) NA INIBIÇÃO DA ENZIMA TIROSINASE
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Capítulo de livro publicado no Congresso Brasileiro de Química dos Produtos Naturais. Para acessa-lo clique aqui.
Este trabalho foi escrito por:
Victor Campana Leite1; Luísa Souza Calderano2;Pedro Henrique Santos de Freitas3; Jair Adriano Kopke de Aguiar4, Nícolas de Castro Campos Pinto5
1Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas – Laboratório de Produtos Naturais Bioativos – UFJF.
2Estudante do curso de Farmácia – Laboratório de Produtos Naturais Bioativos – UFJF..
3Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas – Laboratório de Produtos Naturais Bioativos – UFJF.
4Docente/pesquisador do Departamento de Bioquímica – Laboratório de Produtos Naturais Bioativos – UFJF.
5Docente/pesquisador do Laboratório de Glicoconjugados, Departamento de Bioquímica – Universidade Federal de Juiz de Fora.
Introdução. A presença de uma quantidade elevada de melanina em regiões específicas da pele é um distúrbio associado à ação da tirosinase. Essa alteração pode ser originada por diversas razões, incluindo exposição ao sol, inflamação, idade elevada, condições genéticas e desajustes hormonais. Esse processo pode resultar em problemas como hiperpigmentação, age spot, melasma e outras comorbidades que geram desde efeitos estéticos negativos, devido à manifestação de manchas ou zonas escurecidas na pele, até problemas graves, como o melanoma. Objetivo. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade do extrato vegetal da planta Stachys Byzantina (peixinho-da-horta) e de suas partições em inibir a atividade da tirosinase. Métodos. Para isso, realizou-se o preparo do extrato etanólico (EE) e suas partições, obtidas utilizando diferentes solventes em ordem crescente de polaridade: hexano, diclorometano e acetato de etila. Para verificar a inibição da tirosinase, inicialmente realizou-se a bioautografia em cromatografia em camada delgada. Neste método, utilizou-se uma fase móvel composta de hexano e acetato de etila (80:20) para a partição hexano e outra composta por acetato de etila, ácido fórmico, ácido acético glacial e água (100:11:11:26) para as demais partições e EE. Após a corrida, realizou-se a reação enzimática da tirosinase com L-tirosina em cada spot e em cada banda da cromatoplaca. Posteriormente, realizou-se o teste de inibição da tirosinase a fim de calcular a CI50 do EE para melhor verificar seu o potencial em inibir a melanogênese Esse teste fundamenta-se na análise do produto de degradação da L-tirosina, o dopacromo, pela leitura em espectrofotômetro a 450nm. Resultados. A reaçãonas cromatoplacas gera uma coloração escura, característica da formação da eumelanina. Todavia, quando a enzima é inibida, essa coloração fica mais clara ou sem cor e, assim, é possível identificar quais regiões possuem atividade. Em todas amostras algum spot ou banda apresentou perda da coloração após a reação, demonstrando regiões e/ou compostos que inibem a tirosinase. EE apresentou um CI50 de 5,968 ± 0,9536 (mg/mL) e uma inibição de 29,55% na concentração de 350µg/mL. Conclusão. Foi possível observar que o EE é capaz de reduzir a ação da tirosinase e que há a presença de compostos com essa atividade em suas partições. Futuramente, espera-se encontrar a CI50 de todas as partições para entender qual a mais promissora e identificar quais os compostos responsáveis pela atividade. Agradecimentos. FAPEMIG,CAPES e Delfino Antônio Campos pela assistência técnica.
Palavras-chave: Stachys, Tirosinase, Hiperpigmentação, Melanogênese, Peixinho-da-horta.
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